sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um ponto de vista sobre os eventos de 2012 na Rio+20

          Durante a Rio20 acompanhei parcialmente eventos paralelos, o evento oficial da ONU e a Cúpula dos Povos. A partir da minha experiência e percepção há uma dicotomia acentuada entre a representação oficial do Estado e as grandes corporações e os construtores das novas formas de organização da produção, do poder, das relações e dos saberes. Penso que um velho mundo está morrendo para que o novo possa nascer e tanto a morte como o nascimento são momentos difíceis, delicados; o que morre não quer se desapegar e o que nasce precisa sobreviver.
        No terrítório aterrado do Flamengo ficou patente a demonstração das necessidades, expectativas e alternativas que mobilizam a sociedade civil. No território do Riocentro, Lagoa do Jacarepaguá, percebe-se uma elite intelectual, social e política que sinto dificuldade até de avaliar, os representantes que alí discutem passam um sentimento de uma superestrutura, de um distanciamento característico entre o discurso e a atitude. Penso que os índios que ainda  ainda estão mergulhados na sua cultura, integrados entre o pensar, o fazer e o ser, jamais poderiam entender como o racionalismo chegou a se constituir como uma instância do humano onde a mente parece cada vez mais desconectada do corpo e da ação.        
Ainda, em paralelo, a mídia oficial emanando a propagação orquestrada das mazelas, negatividade e destruição ou divulgando os assuntos como clichês repetitivos, superficiais e nas doses onde todos memorizem e onde nada se aprofunde.  Unem-se o Estado por natureza conservador com a mídia estabelecida no padrão da conveniência conformista da acomodação e manutenção ...
        Com a pobreza e o sofrimento acirrado de grande parte da humanidade que somos nós mesmos, aliado a educação, o desenvolvimento da conscência, cada vez menos importante, o o distanciamento de nós mesmos e do planeta só faz aumentar.       Afora isso, perspassa para todos nós a missão de migrar da civilização fossilizada em direção a uma biocivilização onde o individual e coletivo seja compreendido no interior e exterior de todo ser.Que os pastores e ovelhas no seu distinto discurso e necessidades entendam que habitam a mesma mãe Terra e que os ferimentos impingidos na espécie e no planeta tem repercussão para todos atingindo a essência igualitária que nos faz irmãos, filhos de uma mãe comum e com necessidades básicas enquanto raça humana. Urge também  uma governança a partir do íntimo de cada ser humano, seja homem, mulher  ou criança em busca de realizar em si  a difícil mudança que queremos ver no mundo, como dissera Gandhi; e que cumpram o mandamento de fazer ao próximo o que pretendem para si mesmo como afirmava Cristo.
       

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Inclusão de diálogos na metodologia da Rio+20

Sobre a Rio+20 e os Diálogos da Rio+20

Para ver as dicussões sobre cada recomendação e fazer comentários, por favor visite a plataforma digital dos Diálogos da Rio+20.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, também chamada Rio+20, será realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro, Brasil.
Na Conferência, líderes mundiais, juntamente com milhares de participantes de governos, do setor privado e de ONGs, entre outros grupos, irão se reunir para formular uma abordagem abrangente para promover crescimento econômico sustentável, combater a pobreza, alcançar equidade social e proteger o meio ambiente em um planeta cada vez mais complexo, com o objetivo de chegar ao futuro que queremos.
Os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, uma projeto do Governo brasileiro com o apoio das Nações Unidas, é uma iniciativa pioneira desenhada com o objetivo de criar um canal direto para aumentar e aprimorar a participação da sociedade civil na Rio+20 e em conferências internacionais em geral.
Durante os Diálogos, entre 16 e 19 de Junho, especialistas, representantes da sociedade civil e atores interessados irão se reunir para determinar quais recomendações deverão ser transmitidas diretamente aos Chefes de Estado e de Governo no Segmento de Alto Nível na Rio+20.